O suor é uma secreção aquosa e incolor que o nosso corpo produz quando sente calor. E tanto faz se o calor vem de fora ou de dentro. Aliás, às vezes, quando vem de dentro, faz suar até mais. Tem gente que sua só de pensar naquilo. E ainda mais quando faz aquilo em que pensou: “Ah, infinito delírio chamado desejo! Essa fome de afagos e beijos! Essa sede incessante de amor! Essa luta de corpos suados, ardentes e apaixonados!” (Maria Bethania). Suor com suor ora desliza, ora cola: “Só nós dois em nosso ninho! Testemunhas para quê? Nossos corpos coladinhos, suadinhos de prazer! Amor, me leva, faz de mim o que quiser!” (Magníficos). Nessas horas, o suor deixa o corpo com um certo sabor: “Beijo na boca, seu corpo no meu, suado, tem sabor de pecado, com jeito de bem me quer!” (Netinho). De bônus, é um sabor sem igual: “Esse teu suor ‘sargado’ é gostoso e tem sabor! Teu corpo suado tem um gosto temperado dos temperos do amor!” (Luiz Gonzaga). (Texto Márcio Salema)