Quem está apaixonado adora se ver nos olhos da sua cara-metade. De preferência, bem de perto. Quanto mais perto, melhor: “Não quero seus olhares! Quero seus cílios nos meus olhos, piscando pra mim!” (Zélia Duncan). Tão perto assim, mesmo sem ‘piscar’, os olhos falam o que a boca não precisa dizer: “Eu gosto quando vejo seu olhar no meu olhar, dizendo pra mim ‘vem me amar’!” (Katinguelê). Ainda que os olhos falem o que a boca não precisa dizer, não significa que ela tenha que ficar fechada, sem fazer nada: “Olha nos meus olhos! Vem me dar um beijo! Ver como eu te vejo! Eu te quero demais!” (Jammil). Olhos nos olhos, dá tanta vontade que chega a arrepiar: “Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar, ai, que bom que isso é, meu Deus! Que frio que me dá o encontro desse olhar! Quero a luz dos olhos meus na luz dos olhos teus sem mais lararará!” (Miúcha e Tom Jobim). (Texto de Márcio Salema)