Cada pessoa trata o tempo de um jeito. Tem gente que reclama o tempo todo, ou porque ele demora pra passar ou porque ele passa rápido demais. Tem gente que não perde tempo reclamando e trata o tempo com carinho: “Tempo, mano velho, falta um tanto ainda pra você correr macio! Tempo amigo, seja legal! Só me derrube no final!” (Pato Fu). Há quem trate o tempo com respeito, sabe do que ele é capaz: “És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho! Tempo, tempo, tempo, tempo! Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos!” (Maria Gadú). Tem gente que faz pouco caso do tempo, sabe do que ele não é capaz: “O tempo se rói com inveja de mim, me vigia querendo aprender como eu morro de amor pra tentar reviver! No fundo, é uma eterna criança que não soube amadurecer!” (Nana Caymmi). De bônus, para quem o tempo é soberano: “Tempo Rei, transformai as velhas formas do viver! Ensinai-me, ó, Pai, o que eu ainda não sei!” (Gilberto Gil). (Texto de Márcio Salema)