O Juízo Final
Nunca a humanidade teve tanto medo de que o mundo fosse acabar de repente como nos anos 1980. O risco de uma guerra nuclear era notícia quase todo dia. Parecia que ela poderia começar a qualquer momento: “Mas acontece que tudo tem começo! E, se começa, um dia acaba, eu tenho pena de vocês! E as ameaças de ataque nuclear? Bombas de nêutrons, não foi Deus quem fez!” (Capital). Nem todo mundo levava a sério: “O mundo tá acabando, não vai sobrar quase nada! A nossa hora tá chegando! E ainda fazem piada!” (Barão). Havia quem imaginasse o ‘dia seguinte’: “Meu amor, olha só hoje o Sol não apareceu! É o fim da aventura humana na Terra! Meu planeta, adeus!” (Rádio Táxi). De bônus, como seria o juízo final: “De repente, começou tudo a carcomer! O dia ficou noite! O Sol foi pro além! Encontro Carlota, a cozinheira, morta! Eu falei, eu gritei, eu implorei: Levanta e serve um café! Que o mundo acabou!” (Eduardo Dusek). (Texto de Márcio Salema)
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1
1986: Se começa, um dia acaba
“Continuam só fingindo que o mundo ninguém fez! Mas acontece que tudo tem começo! E, se começa, um dia acaba, eu tenho pena de vocês! E as ameaças de ataque nuclear? Bombas de nêutrons, não foi Deus quem fez!”
'Fátima', de Renato Russo e Flávio Lemos -
2
1987: O mundo tá acabando
“O mundo tá acabando, não vai sobrar quase nada! A nossa hora tá chegando! E ainda fazem piada! Não há remédio, você tá na Terra! A gente ama odiando! Que piração! Ninguém se entende nessa torre de babel!”
'Torre de Babel', de Ezequiel Neves e Guto Goffi -
3
1983: Meu planeta, adeus
“Meu amor, olha só hoje o Sol não apareceu! É o fim da aventura humana na Terra! Meu planeta, adeus! Fugiremos nós dois na Arca de Noé! Sou Adão, e você será minha pequena Eva! Toda a Terra reduzida a nada! Minha vida é um flash! De controles, botões antiatômicos!”
'Eva', versão de Sicarelli -
4
1981: O mundo acabou
“Juízo final, então és tu? De repente, começou tudo a carcomer! O dia ficou noite! O Sol foi pro além! Vou até a cozinha, encontro Carlota, a cozinheira, morta! Eu falei, gritei, implorei: Levanta e serve um café! Que o mundo acabou!”
'Nostradamus', de Eduardo Dusek
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