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Carnaval

Rainhas do Carnaval

Durante o Carnaval, o Brasil parece uma monarquia, com rainhas espalhadas por todo o país. Cada cidade, cada clube, cada escola de samba elege a sua. Tudo começou nos anos 1930, no Rio de Janeiro, e ganhou projeção nacional com marchinhas que elegiam suas rainhas, ano após ano. Primeiro, foi uma mulata: “O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor! A Lua, te invejando, fez careta! Tu não és deste planeta!” (1931). Depois, foi uma morena: “Linda morena que me faz penar, a Lua cheia que tanto brilha não brilha tanto quanto o teu olhar! Antigamente a mulata era
a rainha! Desta vez, moreninha, a taça é tua!” (1932). A terceira foi uma loira: “Lourinha dos olhos claros de cristal, desta vez, em vez da moreninha, serás
a rainha do meu carnaval
!” (1933). De bônus, a rainha das rainhas: “A vitória
há de ser tua, moreninha prosa! Lá no céu, a própria Lua não é mais formosa! Rainha da cabeça aos pés, eu te dou grau 10!” (1934). (Texto Márcio Salema)

  • 1

    Mulata (1931)

    “O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor! Mas, como a cor não pega, mulata, eu quero o teu amor! Tens um sabor bem do Brasil! A Lua, te invejando, fez careta porque, mulata, tu não és deste planeta!”

    'O teu cabelo não nega', de Lamartine Babo e dos irmãos João e Raul Valença
  • 2

    Morena (1932)

    “Linda morena, morena que me faz penar, a Lua cheia que tanto brilha não brilha tanto quanto o teu olhar! Tu és morena, uma ótima pequena! Antigamente a mulata era a rainha! Desta vez, moreninha, a taça é tua!”

    'Linda morena', de Lamartine Babo
  • 3

    Loira (1933)

    “Lourinha, dos olhos claros de cristal! Desta vez, em vez da moreninha, serás a rainha do meu carnaval! Quero te dar o meu amor mais quente do que o sol ardente deste meu país! Tens o olhar tão claro deste azul tão raro!”

    'Linda Lourinha', de Braguinha
  • 4

    Morena (1934)

    A vitória há de ser tua, tua, tua, moreninha prosa! Lá no céu, a própria Lua, Lua, Lua, não é mais formosa! Rainha da cabeça aos pés, morena, eu te dou grau ’10’!”

    'Grau 10', de Lamartine Babo e Ary Barroso

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