Os blocos de rua são a expressão mais democrática do Carnaval. Não precisa pagar pra entrar, nem comprar fantasia pra desfilar. E tem bloco pra tudo que é gosto. A lista é grande. E não para de aumentar. Certeza que tem um perto de você. Grande ou pequeno, o importante é que ele seja animado e irreverente. Alguns blocos do Rio de Janeiro, de tão tradicionais, viraram até tema de marchinha. Cordão do Bola Preta: “Quem não chora não mama! Segura, meu bem, a chupeta! Lugar quente é na cama! Ou, então, no Bola Preta!”. Bafo da Onça: “Nessa onda que eu vou! Olha a onda, Iaiá! É o Bafo da Onça que acabou de chegar!”. Cacique de Ramos: ‘Olha, meu amor, esquece a dor da vida! Deixa o desamor caciqueando na avenida! Na onda do Cacique, eu vou! Caciqueana, eu sou!”. De bônus, o sonho de todo bom folião: “Eu quero é botar meu bloco na rua! Brincar, botar pra gemer! Gingar, pra dar e vender! Eu quero é todo mundo nesse carnaval!” (Sérgio Sampaio). (Texto Márcio Salema)