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De Norte a Sul

Rio, de desencantos mil

A cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, também tem seus desencantos, talvez até tão numerosos quanto. E não é de hoje! Nos anos 1970, diziam que Ipanema não era mais a mesma da década anterior: “Nossa ‘famosa garota’ nem sabia a que ponto a cidade turvaria, este Rio de amor que se perdeu!” (Vinicius de Moraes). Nos anos 1980, a situação piorou, o tráfico de drogas se expandiu e a violência aumentou: “Rio, caótico e agonizante, de antibiótico e anabolizante! A tua piada é uma desgraça! Corre tanto perigo quanto a tua vidraça!” (Evandro Mesquita). Nos anos 1990, era arrastão e bala perdida quase todo dia: “Rio 40 graus, purgatório da beleza e do caos, capital do melhor e do pior do Brasil!” (Fernanda Abreu). De bônus, a saudade de um Rio antigo: “Quero um bate-papo na esquina! Eu quero o Rio antigo, com crianças na calçada, brincando sem perigo, sem metrô e sem frescão! O ontem no amanhã! Me deixa eu querer mais, mais paz!” (Alcione, 1979). (Texto de Márcio Salema)

  • 1

    Rio de amor que se perdeu

    “Lembra, que tempo feliz? Ai, que saudade! Ipanema era só felicidade! Nossa famosa garota nem sabia a que ponto a cidade turvaria, este Rio de amor que se perdeu! Mesmo a tristeza da gente era mais bela!”

    'Carta ao Tom 74', de Toquinho e Vinicius de Moraes
  • 2

    Caótico e agonizante

    Falida, ferida cidade, Babilônia maravilhosa! Rio, caótico e agonizante, de antibiótico e anabolizante! A tua piada é uma desgraça! Corre tanto perigo quanto a tua vidraça! Recuperar as esquinas de antes!”

    'Babilônia Maravilhosa', de Evandro Mesquita
  • 3

    Purgatório da beleza e do caos

    Rio 40º, cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos! Capital do melhor e do pior do Brasil! O Rio é uma cidade de cidades misturadas, camufladas! Com governos paralelos, sorrateiros, ocultando comandos!”

    'Rio 40º', de Fernanda Abreu, Fawcett e Laufer
  • 4

    Eu quero o Rio antigo

    “Quero um bate-papo na esquina! Eu quero o Rio antigo, com crianças na calçada, brincando sem perigo, sem metrô e sem frescão! O ontem no amanhã! Me deixa eu querer mais paz!”

    ‘Rio Antigo’, de Chico Anysio e Nonato Buzar

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