O amor é fogo

Uma das melhores definições sobre o que é o amor data do século XVI, lá se vão mais de 400 anos. Ela faz parte de um poema do poeta português Luís Vaz de Camões (1524-1580), e que você já deve ter ouvido, também, em forma de música: “Amor é fogo que arde sem se ver!” (Legião Urbana). Fogo é fogo, queima. E esse, mesmo sem se ver, também pode machucar: “O amor é fogo, e ferve queimando! Estou ferido agora, e sigo te amando! Não vai passar! O amor não tarda, está!” (Erasmo Carlos). É um fogo que acende naturalmente, não adianta forçar: “Dispense os jogos desses mais ou menos! Pra que pequenos vícios se o amor são fogos que se acendem sem artifícios?” (Maria Bethania). De bônus, até o dia em que se apagam (nem sempre naturalmente): “Quando mais tarde me procure, quem sabe, a solidão, fim de quem ama, eu possa lhe dizer do amor que tive: Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure!” (Vinicius de Moraes). (Texto de Márcio Salema)

1

Arde sem se ver

“O amor é o fogo que arde sem se ver! É ferida que dói e não se sente! É um contentamento descontente! É dor que desatina sem doer! É um não querer mais que bem querer!”
‘Monte Castelo’, de Renato Russo
2

Ferve queimando

“O mar de sol no leito do lar, e nem um rio pode apagar! O amor é fogo e ferve queimando! Estou ferido agora! E sigo te amando! Você pode acreditar! A mesma carta, o mesmo verbo! Não vai passar! O amor não tarda, está!”
‘Mais um na multidão’, de Erasmo Carlos, Marisa Monte e Carlinhos Brown
3

Acende sem artifícios

“Eu gosto de ser mulher! Sonhar, arder de amor! De ser feliz ou sofrer com quem eu faça calor! E não quero nada de menos! Pra que pequenos vícios se o amor são fogos que se acendem sem artifícios? Eu gosto de ser mulher!”
‘O lado quente do ser’, de Marina e Antônio Cícero
4

Infinito enquanto dure

“Quando mais tarde me procure a morte, angústia de quem vive, a solidão, fim de quem ama, eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure!”
‘Soneto de Fidelidade’, de Vinicius de Moraes