Ir para o conteúdo principal
O brasileiro

O brasileiro nos anos 1970

Dizem que o brasileiro é um cara de sorte. Nasceu num país repleto de belezas naturais, onde se costuma viver em paz. Mas, nos anos 1970, em plena ditadura militar, o que não faltava era brasileiro se sentindo um legítimo azarado: “Deus é um cara gozador, adora brincadeira! Pois, pra me jogar no mundo, tinha o mundo inteiro, mas achou muito engraçado me botar cabreiro! Na barriga da miséria, nasci brasileiro!” (MPB 4, 1972). Malfadado a ser um pobre coitado: “Sou brasileiro, tatu-peba, taturana, bom de bola, ruim de grana! Desacredito no azar da minha sina!” (Edu Lobo, 1978). E que sina: “Quando nasci, veio um anjo safado e decretou que eu estava predestinado a ser errado assim! Um bom futuro é o que jamais me esperou, mas vou até o fim!” (Chico Buarque, 1978). De bônus, quem nem viu o tal milagre econômico: “Quanto mais trabalho, menos vejo dinheiro! É o verdadeiro boom! Tu tá no bem-bom, mas eu vivo sem nenhum!” (Miúcha, 1980). (Texto de Márcio Salema)

  • 1

    Na barriga da miséria

    “Deus é um cara gozador, adora brincadeira! Pois, pra me jogar no mundo, tinha o mundo inteiro, mas achou muito engraçado me botar cabreiro! Na barriga da miséria, eu nasci brasileiro! Eu sou do Rio de Janeiro!”

    'Partido Alto', de Chico Buarque
  • 2

    Azar da minha sina

    “Sou brasileiro, tatu-peba, taturana, bom de bola, ruim de grana, tabuada, sei de cor! Ou a onça me devora ou no fim vou rir melhor! Desacredito no azar da minha sina! Tico-tico de rapina, ninguém leva o meu fubá!”

    'Lero-Lero', de Edu Lobo e Cacaso
  • 3

    Predestinado a ser errado

    “Quando eu nasci, veio um anjo safado, o chato de um querubim, e decretou que eu estava predestinado a ser errado assim! Não sou ladrão, não sou bom de bola! Um bom futuro é o que jamais me esperou, mas vou até o fim!”

    'Até o fim', de Chico Buarque
  • 4

    A grana sempre curta

    Quanto mais trabalho, menos vejo dinheiro! É o verdadeiro boom! Tu tá no bem bom! Mas eu vivo sem nenhum! Eu não falo por despeito! Mas, também, se eu fosse eu, quebrava o teu! Cobrava o meu! Direito!”

    'Milagre Brasileiro', de Chico Buarque

Uma resposta para “O brasileiro nos anos 1970”

  1. Sonhar é um dos princípios mais básicos e fundamentais da essência do ser humano, é condição, é imposição.
    Sonhar é vida e conquistar um sonho é como conquistar um pedaço da vida; é realização e é triunfo!
    Mas nada disso será possível sem que lutemos por isso, sem que haja persistência, sem que sejamos fiéis aos nossos sonhos e deles nunca desistamos!
    Parabéns por esse grande passo
    gostei muito
    Pitchula