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Ressentimento

Vadia

Chamar uma mulher de vadia é um xingamento altamente ofensivo, crime contra a honra, injúria. A não ser que seja em alguma música. Aí, a licença poética costuma deixar. Mas sem dizer de quem se trata, claro. Às vezes, é ‘uma sanguessuga que só sabe sugar’: “À toa, vadia, começa uma outra história aqui na luz desse ‘dia D’! Eu vou viver sem você!” (Caetano). Às vezes, é só uma mulher distraída: “Vadia, me esquece na noite escura! A santa, às vezes, me chama Alberto! Decerto sonhou com alguma novela!” (Chico Buarque). Às vezes, é só porque tem chegado mais tarde em casa: “Agora, não precisa se preocupar! Se passares da hora, não vou mais te buscar! Você tem a mania de ir pra orgia, só quer vadiar! Vai vadiar!” (Zeca Pagodinho). De bônus, quando a tal mulher é a cara-metade de quem dela reclama: “Sou igual a você! Eu não presto! Sou bandida, sou solta na vida e sob medida pros carinhos seus! Você tem o amor que merece!” (Fafá de Belém). (Texto de Márcio Salema)

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    Vagaba, se manda

    Vagaba, vampira, o velho esquema desmorona desta vez pra valer! Tarada, mesquinha, pensa que é a dona, eu pergunto: quem lhe deu tanto axé? À toa, vadia, começa uma outra história aqui na luz deste dia D! Eu vou viver sem você!”

    'Não enche’, de Caetano Veloso
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    Bandida, santa do pau oco

    “Ah, Rosa, e o meu projeto de vida? Bandida, cadê minha estrela guia? Vadia, me esquece na noite escura! Mas jura, me jura que um dia volta pra casa! A santa, às vezes, me chama Alberto! Decerto sonhou com alguma novela!”

    'A Rosa’, Chico Buarque
  • 3

    Vai vadiar

    “Agora, não precisa se preocupar! Se passares da hora, eu não vou mais te buscar! Não vou mais pedir! Nem tampouco implorar! Você tem a mania de ir pra orgia, só quer vadiar! Você vai pra folia, se entrar numa fria, não vem me culpar! Vai vadiar!”

    'Vai vadiar’, de Monarco e Ratinho de Pilares
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    A vadia e sua cara-metade

    Sou igual a você! Eu não presto! Traiçoeira e vulgar, sou sem nome, sem lar, sou aquela! Eu sou filha da rua! Sou cria da sua costela! Sou bandida, sou solta na vida e sob medida pros carinhos seus! Você tem o amor que merece!”

    'Sob Medida’, de Chico Buarque

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