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A Lua

Lua Nua

Não é sempre que a Lua se deixa ver por inteira. Quando ela não está toda recolhida atrás de um véu escuro (lua nova), ora esconde só uma parte (lua minguante), ora desvenda a outra (lua crescente), até que, finalmente, ela se despe por completo (lua cheia): “Por trás de uma folha de palmeira, a Lua poderosa, mulher muito fogosa, vem nua! Sacudindo e brilhando inteira!” (Eduardo Dusek). Fica completamente desinibida: “E se ao luar, que atua desvairado, vem se unir uma música qualquer, aí é preciso ter cuidado, porque deve andar perto uma mulher, que é como a própria Lua, tão cheia de pudor que vive nua!” (Vinicius de Moraes). A nudez da Lua, dizem, desperta a nossa libido: “Divinamente nua, a Lua tritura a sombra na treliça! E a hóstia sobre o sexo atua quando o desejo morre de preguiça!” (Orlando Morais). De bônus, onde a Lua nua fica ainda mais sensual: “Rio é mar, eterno se fazer amar! O meu Rio é Lua, amiga, branca e nua!” (Os Cariocas). (Texto de Márcio Salema)

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    A Lua vem nua

    “Por trás de uma folha de palmeira, a Lua poderosa, mulher muito fogosa, vem nua! Sacudindo e brilhando inteira! Olha a natureza se amando ao léu! E, louca de desejo, fulgura num lampejo! E, rubra, se entrega ao céu!”

    'Folia no matagal', de Dusek e Luiz Carlos Góes
  • 2

    A Lua vive nua

    “E se, ao luar que atua desvairado, vem se unir uma música qualquer, aí, então, é preciso ter cuidado, porque deve andar perto uma mulher! Uma mulher que é como a própria Lua! Tão linda que só espalha sofrimento! Tão cheia de pudor que vive nua!”

    'São demais os perigos desta vida', de Vinicius de Moraes e Toquinho
  • 3

    Divinamente nua

    Divinamente nua, a Lua tritura a sombra na treliça! E a hóstia sobre o sexo atua quando o desejo morre de preguiça! Prisioneiro sem bíblia, livre! No peito, tentações, pudores, sonhos de amores, leitos livres!”

    'Divinamente nua, a Lua', de Orlando Morais e Caetano
  • 4

    Amiga, branca e nua

    “Rio é mar, eterno se fazer amar! O meu Rio é Lua, amiga, branca e nua! É sol, é sal, é sul! São mãos se descobrindo em todo azul! Por isso é que meu Rio da mulher beleza acaba num instante com qualquer tristeza!”

    'Rio', de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli

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