Há quem diga ‘eu te amo‘ com a maior facilidade, conhece alguém hoje, diz amanhã, ainda que não seja verdade. Mas há quem não consiga, nunca disse, tem medo de dizer: “Eu te amo calado! Como quem ouve uma sinfonia de silêncios e de luz! Nós somos medo e desejo! Somos feitos de silêncio e som! Tem certas coisas que eu não sei dizer!” (Lulu Santos). Tem gente que até sabe dizer, só não sabe quando: “Eu não sei em que hora dizer, me dá um medo! É que eu preciso dizer que te amo! Te ganhar ou perder sem engano!” (Cazuza). Quem não tem medo de dizer não costuma deixar pra depois: “Agora é a hora de dizer que hoje eu te amo! Não vou negar que outra pessoa não servirá! Tem que ser você! Sem ser necessário entender!” (Victor & Léo). De bônus, quem passou muito tempo sem dizer, mas tem vontade, está disposto a aprender: “Te ver é uma necessidade! Vamos fazer um filme! E, hoje em dia, como é que se diz ‘eu te amo’?” (Legião Urbana). (Texto de Márcio Salema)