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Corrupção

Deu no Jornal

É raro o dia em que você abre o jornal e não vê notícia sobre corrupção. É escândalo atrás de escândalo. Dizem que é assim desde que inventaram o jornal. A ideia aqui é voltar no tempo, mas não dá pra tanto. Nos anos 1980, bastava ligar a TV: “Vou ver o jornal! Quem sabe me deixam ver a situação geral? E é eleição, é inflação, corrupção, e como tem ladrão! Socorro!” (Ultraje). Nos anos 1990, como sempre, era comum político desaparecer depois que é eleito: “Foi comemorar a vitória em sua mansão no Distrito Federal! Eu só fui saber que ele estava vivo porque saiu como corrupto no jornal!” (Bezerra da Silva). Nos anos 2000, a tática que muitos políticos usam para responder à imprensa: “Isso não prova nada! Sob pressão da opinião pública, não haveremos de tomar nenhuma decisão!” (Titãs). De bônus, nos anos 2010, nada mudou: “É tudo flagrante, novas e velhas notícias, mentiras verdadeiras, verdades fictícias! Chega!” (Gabriel, O Pensador). (Texto de Márcio Salema)

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    1987 - Bastava ligar a TV pra ver o jornal

    “Voltei pra sala, vou ver o jornal! Quem sabe me deixam ver a situação geral? E é eleição, é inflação, corrupção, e como tem ladrão! E assassino e terrorista! E a guerra espacial! Socorro! Eu quero sexo! Me dá! Sexo!”

    Sexo’, Ultraje a Rigor
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    1996: "Ladrão do dinheiro do povo!"

    “A rapaziada já sabe que é o ladrão do dinheiro do povo! Tira o pão da boca das crianças, do aposentado e do trabalhador! Só fui saber que estava vivo porque saiu como corrupto no jornal!”

    Vírus da corrupção’, Bezerra da Silva
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    2005: "Bandido, corrupto, ladrão!"

    “Sorrindo para as câmeras, sem saber que são filmados, um dia o sol ainda vai nascer quadrado! Bandido, corrupto, ladrão! – Isso não prova nada! Vamos esperar que tudo caia no esquecimento!”

    Vossa Excelência’, Titãs
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    2015: "Bando de rato!"

    “É tudo flagrante, novas e velhas notícias, mentiras verdadeiras, verdades fictícias! Bando de rato, ninho de cobra! Chega! Obras de milhões de reais! E milhões de pacientes sem lugar nos hospitais!”

    Chega’, Gabriel, o Pensador

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