Quem viveu a época da Discoteca, no final dos anos 1970, conta que as festas tinham algo de especial, um glamour que deixava todo mundo mais sensual. Não só por conta das roupas e da maquiagem, mas do comportamento e da coragem: “Toda essa gente louca, alegre em sedas, a se desbundar! A festa nunca vai acabar!” (Ronaldo Resedá). A ordem era uma só: “Abra suas asas! Solte suas feras! Caia na gandaia! Entre nessa festa! E leve com você o seu sonho mais louco! Eu quero ver seu corpo lindo, leve e solto!” (As Frenéticas). O povo dançava até não aguentar mais: “Hoje é festa, vamos todos balançar! Deixa a música tocar! Avise a quem chegar que não pode parar!” (Miss Lene). De bônus, tinha música romântica também, mas dançante: “Já não consigo mais esperar tanto assim! Quero que fique comigo! Vou lhe dar tudo de mim! Venha sem medo! Diga o que pensa e o quer! Que a vida é mais vida se eu for a sua mulher!” (Lady Zu). (Texto de Márcio Salema)