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De Norte a Sul

A fama de Brasília

Desde que foi inaugurada em 1960, a fama de Brasília no resto do país nem sempre é das melhores. Seja pelo preço que sua construção custou para toda a população ou pelo valor gasto na sua manutenção: “Tuas cidades satélites mostram o quanto és uma aberração! Vivem à margem da tua luxúria, onde corre o poder da nação!” (Guilherme Arantes, 1980). Brasília ganhou ainda a fama de ser fria, impessoal, ainda mais na Ditadura Militar: “Brasília tem centros comerciais, muitos porteiros e pessoas normais! As árvores enfeitam, e a polícia controla!” (Plebe Rude, 1986). Com o tempo, a capital do país foi conquistando a simpatia de quem melhor a conhecia: “Agora conheço tua geografia, a pele macia, cidade morena! Teu sexo, teu lago, tua simetria! Te amo, Brasília!” (Alceu Valença, 1990). De bônus, a capital do país pode até ter seus defeitos, mas tem muitas qualidades: “Passa mais além do céu de Brasília, traço do arquiteto! Gosto tanto dela assim!” (Djavan, 1992). (Texto Márcio Salema)

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    Ilha da Fantasia

    Brasília! Tuas cidades satélites mostram o quanto és uma aberração! Vivem à margem da tua luxúria, onde corre o poder da nação! És a vitrine imponente e ostensiva de um povo que vive a sonhar com seu império futuro, presente que Deus vai mandar!”

    ‘Brasília’, de Guilherme Arantes
  • 2

    Cidade fria

    Brasília tem centros comerciais, muitos porteiros e pessoas normais! As luzes iluminam, os carros só passam! A morte traz vida, e as baratas se arrastam! Os prédios se habitam, as máquinas param! As árvores enfeitam, e a polícia controla!”

    ‘Brasília’, de Seabra, André X, Gutje e Jander Bilaphra
  • 3

    Sua geografia

    “Uma doida dona, charmosa e tão linda, com tudo de cima, me botou no chão! Sabia que um dia ia te encontrar! Agora conheço tua geografia, a pele macia, cidade morena! Teu sexo, teu lago, tua simetria! Te amo, Brasília!”

    ‘Te amo, Brasília’, de Alceu Valença
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    O céu de Brasília

    “Esse imenso, desmedido amor, vai além de seja o que for! Vai além de onde eu vou, do que sou! Minha dor, minha Linha do Equador! Passa mais além do céu de Brasília! Traço do arquiteto! Gosto tanto dela assim!”

    ‘Linha do Equador’, de Djavan e Caetano

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