A mulher tem todo o direito
Devia ser natural tratar toda mulher com respeito, mas foi preciso uma lei para garantir que toda mulher tem esse direito. Tem todo o direito. De não ser agredida pelo companheiro: “Eu que tenho medo até do seu olhar, mas o ódio cega, e você não percebe! A lembrança do silêncio daquelas tardes! Da vergonha do espelho naquelas marcas!” (Nenhum de Nós). De não ser tratada como um pedaço de carne: “Um bicho, uma presa, que, depois de usada, se guarda ou se joga na lata do lixo! Eu sou uma mulher, uma parte comum de um jogo qualquer, mas os dois com a mão na colher!” (Alcione). De não ter dono: “Livre para o amor! Quero ser assim, senhora das minhas vontades e dona de mim!” (Simone). De bônus, de lutar pelo que quiser: “Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre! Quem traz no corpo a marca, Maria, mistura a dor e a alegria! Possui a estranha mania de ter fé na vida!” (Elis Regina). (Texto de Márcio Salema)
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1
Não ser agredida
“O ódio cega, e você não percebe! Eu tenho medo até de suas mãos, do seu olhar! Havia algo de insano naqueles olhos, que passavam o dia a me vigiar! A lembrança do silêncio, da vergonha do espelho naquelas marcas!”
'Camila, Camila’, Nenhum de Nós -
2
Não ser um pedaço de carne
“É uma pena que a moça não seja de cama e mesa! Um bicho, uma presa, que, depois de usada, se guarda ou se joga na lata do lixo! Eu sou uma mulher, uma parte comum de um jogo qualquer, mas os dois com a mão na colher!”
'Mulher, e daí?’, de Gonzaguinha -
3
Não ter dono
“Que venha essa nova mulher de dentro de mim! Sem medo das sombras que rondam meu coração! Tenha o cio das onças e lute com todas as forças! Livre para o amor! Quero ser assim, senhora das minhas vontades e dona de mim!”
'Uma nova mulher’, de Debétio e Rezende -
4
De lutar pelo que quiser
“É um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta! Uma mulher que merece viver e amar! Como outra qualquer do planeta! Mas é preciso ter força, raça, gana, sempre! Quem traz no corpo a marca mistura a dor e a alegria!”
'Maria, Maria’, de Nascimento e Brant
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