Dizem que o amor é cego. Na verdade, ele só vê o que quer ver. A vontade é tanta que, às vezes, vê o que não existe. Até descobrir que era tudo ilusão: “Eu fui gostar de você, dei carinho, amor pra valer, mas você queria só prazer! Era tão forte a ilusão que prendia o meu coração! Você matou a ilusão, libertou meu coração!” (Miúcha). Às vezes, a ilusão ainda sobrevive por mais algum tempo: “Horas, dias, meses se passando! E, nesse passar, uma ilusão guardei: ver-te novamente na varanda! Hoje esta ilusão se fez em nada! A te beijar, outra mulher, eu vi!” (Fafá de Belém). Às vezes, a ilusão parece que se desfez: “Nunca, quando a gente perde a ilusão, deve sepultar o coração como eu sepultei! Saudade, diga a esse moço, por favor, como foi sincero o meu amor!” (Zizi Possi). De bônus, ilusão nunca mais (será?): “Quando a esperança está dispersa, só a verdade me liberta! Chega de maldade e ilusão! O amor tem sempre a porta aberta!” (Legião). (Texto de Márcio Salema)