O desejo sexual varia de pessoa pra pessoa. Algumas têm menos, outras têm mais. Ou bem mais. Rita Lee, por exemplo, nunca escondeu que sempre teve muita libido. Ora só pensava ‘naquilo’: “Passo o dia inteiro imaginando, meu bem! Na cama, no chuveiro, no trampo, sempre tão blasé! É uma neurose, uma overdose! Sou dependente do amor!” (‘On the rocks’). Ora ela não parava de pensar: “Eu fico pensando em nós dois, empapuçados de amor, numa noite de verão! Ai, que coisa boa! À meia-luz, a sós, à toa!” (‘Caso sério’). Ora a imaginação corria livre, leve e solta: “Meu bem, você me dá água na boca! Vestindo fantasias! Tirando a roupa, molhada de suor, de tanto a gente se beijar! De tanto imaginar loucuras!” (‘Mania de você’). De bônus, ora fazia um convite: “Que tal nós dois numa banheira de espuma? El cuerpo caliente, um dolce far niente, sem culpa nenhuma! Lá no reino de Afrodite, o amor passa dos limites! O que não falta é apetite!” (‘Banho de Espuma’). (Texto de Márcio Salema)