O cabelo é a moldura do rosto. Natural ou artificial, tem moldura de todo tipo, pra tudo que é gosto: “Cabelo pode ser cortado! Cabelo pode ser comprido! Cabelo pode ser trançado! Cabelo pode ser tingido! Aparado ou escovado, descolorido, descabelado!” (Gal Costa). Espalhafatoso ou discreto, meio antiquado ou moderninho, o cabelo ajuda a revelar sua personalidade, depende da cor e do tamanho, do corte e do penteado: “Cabelo raspadinho, estilo Ronaldinho, cabelo pintado ou V-O, cabelo embaraçado, encaracolado, rastafari, rock’n’roll!” (Chiclete com Banana). Só não vale ter preconceito: “Olha a cabeleira do Zezé! Será que ele é? Parece que é transviado! Mas isso eu não sei se ele é! Corta o cabelo dele!” (Jorge Goulart). De bônus, há quem diga que a moldura do rosto não faz falta, pelo contrário: “Nós, os carecas, com as mulheres somos maiorais! Pois, na hora do aperto, é dos carecas que elas gostam mais! Não precisa ter vergonha! Pode tirar seu chapéu! Pra que cabelo?” (Anjos do Inferno). (Texto de Márcio Salema)