Uma mulher com o cabelo solto ao vento é uma cena digna de cinema. Nem precisa de câmera lenta e trilha sonora. Em qualquer lugar e a qualquer hora. Com ou sem figurino. E o que não falta é sugestão para o roteiro dessa cena. A mulher em contraluz: “Lembro de você! Do seu cabelo ao vento, sua silhueta! Ao fundo, o nascer do sol!” (Guilherme Arantes). Bem à vontade: “Lá no avarandado, na luz do meio-dia, o segredo nos teus olhos tanta coisa me dizia! O cabelo solto ao vento, o teu jeito de olhar e, no seu corpo moreno, a flor de maracujá!” (João Donato). Montada a cavalo: “Na bruma leve das paixões que vêm de dentro, tu vens chegando pra brincar no meu quintal! No teu cavalo, peito nu, cabelo ao vento! E o sol quarando nossas roupas no varal!” (Alceu Valença). De bônus, quase uma miragem: “Em plena madrugada, você vem surgindo, toda nua, cabelo contra o vento, tornando meu momento cheio de beleza e fantasia!” (Maurício Manieri). (Texto de Márcio Salema)